quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Pangéia

“Navegar é preciso,
viver é impreciso”
Precisas palavras do Pessoa.
Prefiro parafrasear um bom amigo.
Arriscaria dizer:
Remar pra quê?

Se dizem por aí que foi à toa
sem querer
que descobriram a américa.
Não se separam continentes por umas gotas de água e sal.
Não se definem dois irmãos pelo sangue de um mesmo pai
ou pelo sangue de uma mesma mãe.

A grandeza do mar
é tão maior que o oceano
e nem chega perto
perto do que
juntos somos.

3 comentários:

Rodrigo Feitosa disse...

remar pra que,
rimar pra que
se não se sabe nem pelo que viver
não se sabe bem o por quê
que essas pessoas não sabem viver

muitos deles,
apenas para se satisfazer
outros no entanto
ajudam, mesmo sem motivo ter

Rimar pra que,
remar pra que,
se a correnteza pode levar ou trazer
algo melhor pra você

Rimas de quem?
remos pra que?
respostas? não temos.
Nem eu nem você

Mas faça-me um favor, meu caro. Não jogue seus remos fora... você pode precisar.

Felipe Miranda disse...

Boa rodrigueta!

Na condição de eterno aprendiz
eu lhe digo:

Remar é preciso!
mas antes preciso aprender
a nadar com os próprios braços
antes ainda preciso aprender
a caminhar com as próprias pernas.
Preciso pensar com os próprios pensamentos.

Só então definir
por que trilhas ou ventos
deixar a vida me levar.

Rodrigo Feitosa disse...

Próprios passos, mesmas pernas
próprios braços, mesmas braçadas

mesmo que aprendamos isso tudo, mudemos tudo no nosso próprio mundo...
será que isso muda algo além de nada?
será possível a teoria de que a vida já está previamente traçada?

Nos seus próprios pensamentos veja a resposta a não ser encontrada.
Vamos lá, tentar conduzir a vida,
ou quem sabe, deixá-la nos guiar na jornada