domingo, 15 de agosto de 2010

picadura

Minha alma é assim
Escorpiana a se curar.
Tem um quê geminiano
Um duplo equilibrar.

Segue contra-corrente
Caudalosa e pungente
Brinca belicosamene
Faz questão de penetrar.

Armadura carapaça
Superficie tão sem graça
Trivial banalizar.

Tão guerreira e bravamente
Curva-se como serpente
Espreita-se meio tendente
Como bote a preparar.

Picadura consciente
O veneno doce e quente
Vem minhalma a instilar.

E em verdade corroente
Queimando em aguardente
Aguarda novamente
O próximo picar.

Picadura inconsciente
De veneno doce e quente
Reage a despicar.

Rastejando lentamente
Abriga-se indiferente
Soldado incandescente
No seu quartel militar.

Armadura carapaça
Superficie tão “espassa”
Duro penetrar.

Fecha o elo da corrente.
E segue assim continuamente
Essa vida a encadear.

Minha alma é assim
Tão antidotamente
Escorpiana a se curar.

2 comentários:

Ju Marques disse...

Nossa alama escorpiana
tem um quê geminiano
que nos majora
o desequilibrar.

A loucura consciente
nos arrasta, e nos prende,
qual indecisa serpente,
sempre a paradoxar.

Humberto MIranda disse...

se não te conhecesse,
mal juizo eu faria,
pensaria ser desatino
te ver nesse domínio
esvair tanta poêsia,

se não te conhecesse,
mal juizo eu faria,
mas como te conheço,
fará daqui teu endereço,
uma verdadeira confraria.

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Fe li pee.