terça-feira, 31 de agosto de 2010

Irmão

Meu querido amigo
Me permita uma errata
A sua antepenúltima publicação

Errata errada
pois não vem corrigir nada
apenas acrescentar as pobres palavras
daquela interlocução

Visto que amizade,
se traduzida em poucas palavras
é muita humildade
se comparada às coisas fantásticas
que acontecem em mente e coração

Tal como obra inacabada todo dia se ergue novo alicerce nesta relação
E que não haja pedra
nem polida nem lascada
para ser atirada com a força orgulhosa da mão
Diante de tanta rima e tanta prosa ainda assim não se extrai a essência dessa relação.

Amigo, é muito mais que isso

É malungo, é matafacka, é apelido, é compreensão, é cúmplice e parceiro.
E se entendo o gesto e o olhar não vá se surpreender
caso eu saiba exatamente o que se passa dentro de você

É pai sem cobrança,
é mãe sem cordão,
é irmão na esperança em olhar pra vida, rezando para que o furacão das responsabilidades não nos engula,
não nos deixe ranzinzas.

Dois autos!!!

É não ter laço de sangue,
Mas de alma
que quando se encontra,
se alegra, se acalma,
se farta e se entala,
olhando para o outro,
se olhando num espelho retorcido
Quem sou eu? eu ou amigo?

E porque haveria eu
de temer essa interessante fusão?
Se das diferenças surgem possibilidades
de acrescentar na tua essência,
a experiência de outro irmão.

Irmão?
Sim, sim... é irmão!

(Autor: Rodrigo, meu irmão matafacka)

Um comentário:

Rodrigo Feitosa disse...

Que essa intensa energia
seja então canalizada
para não mais monotemática poesia

agradeço desde já a força desse amigo
que estende a mão
nas mais diversas horas de perigo

descoberto no frio?
não, não é possível.
Não pra quem tem um amigo!

E viria essa nossa situação trazer balanço em nossas vidas?
Visto que minha energia transborda beirando o descontrole
E a tua internaliza em aparente calmaria.