sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Entardecer

O Girassol flor amarela
com tanto Sol pôs-se a murchar
tanto tempo que o Tempo parou no tempo a contemplar.
Exposição tão prolongada fez queimadura, despetalar.

O sábio Tempo novamente como sempre pôs-se a pensar.
Pensou nas pétalas queimadas, algum remédio a cicatrizar.
Lembrou de um velho ensinamento
Tão velho que o próprio tempo
quase esquecera de lembrar

O Tempo, velho curandeiro,
sempre fez e faz curar.
Foi cumprir a sua sina, o futuro desvendar.
Tic tac tic tac fez a volta do ponteiro do relógio a voltear.

O Sol se pondo ao fim do dia
Alaranjou o firmamento
E pintou seu sentimento
Em matiz de cores frias.

2 comentários:

Ju Marques disse...

O tempo passa mas o sol não para de passar... o tempo e o sol não podem esperar!

Rodrigo Feitosa disse...

tudo a seu tempo,
que o tempo há de chegar
e mesmo o Tempo,
mestre do próprio tempo

sabe que o tempo é de passar
que tudo demais é veneno
que a luz da vida, com o tempo
há de machucar