domingo, 12 de setembro de 2010

Completa-me

Era uma vez...

Anos depois da saudosa senta pua e nos tempos da coletiva poesia...

Hoje me veio em lembrança (saudoso tempo da caligrafia de criança, farda, caderno e lápis na mão)
uma antiga (tentativa de) composição
que nunca soube brotar no papel por falta de imaginação

Nasceu nua. Em estado sublime de frase, abortara seu ar de oração.

“Por trás disso tudo, há sempre outro mundo, que não vamos ver senão subirmos no muro”

Acho que quer falar das delícias de termos coragem, de arriscar.
Ou daquele friozinho que sentimos em risco, medo, sei lá!

Gostaria de lançar aqui, neste fértil terreno
abertamente em forma de tema

Como gérmen de letra de música ou poema.
Composição a ser plantada e regada em parceria.

Qual corajoso ou medroso, que seja, daria
Ao menos um elemento de tanta valia?

Água, ar, terra ou luz do dia!

Venho a ti em apelo para me germinar

Quem, corajoso ou medroso, que seja, teria
Suficiente interesse em fazer desabrochar?

Sim, venho a ti em apelo para me completar

8 comentários:

Rodrigo Feitosa disse...

esse "subirmos o muro" tem um duplo sentido pode ser um muro barreira ou o muro da indecisão vide a expressão "ficar em cima do muro".....pensemos então, em passarmos o muro, olhar o outro lado.

De qualquer forma, se quisermos entender melhor alguma coisa, é preciso passar para o outro lado.

Espero que os que leiam não percam a cabeça e comecem também a pular as cercas! heheheheheh

Ju Marques disse...

Complementamos uns aos outros
como as poesias se completam,
e se completam os corações.

Somos parte de uma mesma estória,
feita de tantos elementos.
E, no invento, um mundo paralelo
para cantarmos nossas versões.

Rodrigo Feitosa disse...

Subi no muro,
senti a brisa fresca que soprava do outro lado
com a mente presa, o pensamento consternado
e do muro percebi que o mundo é muito mais que aquilo que eu julgava saber

do muro senti a vida
com ouvidos de ouvir,
com olhos de ver

Com a mente exasperada de tamanha reflexão desci do muro.
Voltei pro meu mundo,
apenas para ver a vontade de pular o muro crescer

Decidi então partir,
na jornada de conhecer
por que queria mais do mundo
queria muito,
muito mais que um muro

Muito mais.

PS: sinceramente não gostei, mas se a idéia precisava de um muro, e de uma visão incompleta das coisas.... aí está! Alguém pode melhorar?

Ju Marques disse...

Rodrigo, com a devida licença poética e atendendo ao seu pedido... modifiquei algumas coisas. Vaja aí o que vc acha! Bjo!

Subi no muro
para ver o mundo.
E nova perspectiva
me fez ver muito mais.

Aliás, do muro pude sentir.

Ouvidos me fizeram ouvir,
olhos puderam, enfim, enxergar.

Com a mente exasperada
de tamanha reflexão
do muro logrei saltar.

Voltei pro meu mundo,
apenas para ver
a vontade de pular,
o muro crescer.

Decidi partir,
na jornada de conhecer
pois do mundo mais queria,
queria muito mais que ver!

Descorbri a vida
muito além do muro,
muito mais quem um pulo.

Muito mais.

Ju Marques disse...

Rodrigo, com a devida licença poética e atendendo ao seu pedido... modifiquei algumas coisas. Vaja aí o que vc acha! Bjo!

Subi no muro
para ver o mundo.
E nova perspectiva
me fez ver muito mais.

Aliás, do muro pude sentir.

Ouvidos me fizeram ouvir,
olhos puderam, enfim, enxergar.

Com a mente exasperada
de tamanha reflexão
do muro logrei saltar.

Voltei pro meu mundo,
apenas para ver
a vontade de pular,
o muro crescer.

Decidi partir,
na jornada de conhecer
pois do mundo mais queria,
queria muito mais que ver!

Descorbri a vida
muito além do muro,
muito mais quem um pulo.

Muito mais.

Felipe Miranda disse...

Subimos no muro
muralha da vida
bandida indecisão.

Diante do muro,
vislumbrar o futuro
e se projetar
em imagem e ação.

E como projetamos!

E o bom é que a vida sempre tempera
uma pitada do inesperado
A nossa panela da imaginação

Como é que seria se pudéssemos sempre
subir nesse muro e vislumbrar o futuro com plena visão?

[Chato, não?]

Cegos que somos
Jamais poderemos.
E assim escolhemos,
no alto do muro, às cegas, no escuro
a cegueira emoção.

Entre saltos e pulos, voamos
A altura tateamos
quando enfim caminhamos
no chão da razão.

Rodrigo Feitosa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rodrigo Feitosa disse...

Ju, ficou bem legal mas aí...

Felipe HÓMILHÔOOOOOO nós dois

hahahaha ficou beeeem melhor!